Capítulo 2: Passeio em Dominique

Posted by Raptor | Posted in | Posted on 07:31



Quando cheguei à esquina, parei e senti um frio na barriga, logo mais a frente havia um cruzamento, a rua que seguia em frente estava completamente deserta, nem sinal carros abandonados ou lixo. Pensei comigo mesmo: e se eu encontrar um deles? Eu não era do tipo de matar infectados, pra falar a verdade, eu só matei dois deles desde que tudo isso começou, sendo que na primeira vez foi um acidente, eu deixei um tijolo de concreto cair na cabeça de um homem, que eu só fui notar que estava infectado quando desci para vê-lo, essa também foi a primeira vez que cheguei perto de um deles.

Eu não quis pensar muito nisso, no meu bairro eu acho que sou o único sobrevivente, talvez, sou o último habitante vivo de Dominique, por isso os mortos-vivos devem ter ido para outro lugar, mas não sei se eles são capazes de ir muito longe, de seguir alguém por longas distâncias ou algo do tipo.

Como estava sozinho ali, continuei caminhando tranquilamente pela calçada, debaixo da sombra fresca de um prédio. Chegando no cruzamento, cujos sinais de trânsito estavam desligados, olhei para a rua à esquerda, onde havia uma pessoa bem longe, vagando solitária entre os muitos carros largados ali pelos seus donos. Olhei para a rua à direita, e estava fechada por uma ambulância e um carro da polícia, escutei alguns gemidos que pareciam ter vindo de trás da ambulância, corri em linha reta, para a rua deserta adiante. Agora a única coisa que eu devia fazer era só seguir em frente por mais alguns minutos e chegaria ao supermercado, mas não acho que deve haver comida lá, ou pelo menos muita comida, ele foi saqueado várias vezes, inclusive por mim, se não encontrar muita coisa lá irei até uma padaria que fica duas ruas depois do supermercado.

Enquanto seguia em frente, vi vários panfletos e cartazes pelo chão, muitos deles ensinavam como usar armas de fogo e alguns tinha um desenho anatômico do corpo humano destacando as partes onde se devia atirar para matar um infectado. Há um ano isso seria considerado algo extremamente cruel, distribuir panfletos nas ruas ensinando a matar, mas apesar de cruel, foi preciso... Acredito que muita gente morreu cedo por não saber usar uma arma de fogo, ou por descarregar todas as balas de um revólver no peito de um infectado, o que é inútil já que eles não têm batimentos cardíacos, se uma bala perfurar o coração de um deles não faria nenhum efeito, na época em que a programação da televisão estava no ar, em vários noticiários eles convidavam cientistas e médicos respeitados para dar entrevistas falando sobre os mortos-vivos, falando sobre o pouco que deu tempo de descobrir. E disseram: “... o único modo é atingindo o cérebro!”.

Depois de alguns minutos de caminhada, eu já podia ver o supermercado ao longe, mas tinha um problema, ele estava cercado de mortos-vivos... Trinta no mínimo! Tentei não me aproximar muito, observar de longe. Eu nunca havia visto tantos juntos, eles não costumam andar em multidões tão grandes, no máximo uns cinco, quanto menor o número de bocas melhor. O que poderia ter atraído tantos deles? Mas que droga!

Comments (6)

Cara coloca na sua história que tiros atraem os zumbis!

Colocarei, mas por enquanto não é preciso.

Uma palavra pra descrever isso, Fantástico!!

Obrigado Marcos ^^
Continue acompanhando, os próximos capítulos serão ainda melhores!

Fala Raptor! A historia ta muito boa mas eu gostaria de fazer uma pergunta, com que frequencia vc vai postar os capítulo? um por dia, por semana ou por mes? Vlw cara, continue assim e vc vai ser o George A. Romero brasileiro!

Postarei um por dia ou um a cada dois dias, dependendo do meu tempo livre pra escrever.

Hahahaha, obrigado! Exagero :D

Postar um comentário